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2012 - Livro Vermelho 2013

Senecio crassiflorus (Poir.) DC. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-05-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie distribuída na costa atlântica dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Espécie típica de restinga, ambiente alvo de ocupação humana. Devido a sua distribuição restrita (EOO=25.011,18 km²) torna-se muito vulnerável a incidência de ameaças futuras. Ocorre em unidade de conservação (SNUC), mas está sujeita a declínio contínuo da qualidade de habitat.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Senecio crassiflorus (Poir.) DC.;

Família: Asteraceae

Sinônimos:

  • > Senecio crassiflorus var. maritimus ;
  • > Senecio crassiflorus var. subceratophyllus ;
  • > Senecio crassiflorus var. crassiflorus ;
  • > Cineraria crassiflora ;
  • > Cineraria vestita ;
  • > Senecio andryaloides ;
  • > Senecio crassiflorus var. tricuspis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Nomes-populares: "macela-graúda"; "margarida-das-dunas" (Matzenbacher, 1998).

Distribuição

Ocorre na Argentina, Uruguai e Brasil, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Matzenbacher, 1998).

Ecologia

Erva perene, psamófila, que habita o litoral arenoso do sul do Brasil. Fértil de julho a março, polinizada por insetos e dispersada pelo vento (Matzenbacher, 1998).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Por estar localizada ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre a restinga está sob intensa pressão da ocupação humana e consequente alteração da paisagem original, o que dificulta a sua conservação. Os ecossistemas de restinga vêm sendo degradados desde a colonização e encontram-se reduzidos a pequenas manchas remanescentes. Devido a seu solo arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis ao impacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimento imobiliário e pela agricultura. A vegetação da restinga é geralmente mais densa e baixa do que outros tipos de vegetação florestal da região, o que faz dela uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências ou pequenas indústrias (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista Vermelha da flora ameaçada de extinção do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

Referências

- MATZENBACHER , N.I. O complexo ''Senecionoide'' (Asteraceae-Senecioneae) no Rio Grande do Sul Brasil. Tese de Doutorado. Porto Alegre, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.

- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

Como citar

CNCFlora. Senecio crassiflorus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Senecio crassiflorus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/05/2012 - 15:09:20